Você já ouviu falar em contrato de Vesting e Cliff? Caso ainda não tenha ouvido falar ou não saiba do que se trata, não se preocupe.
Hoje, ao longo deste nosso conteúdo, nós lhe explicaremos em detalhes o que é o contrato de vesting e cliff, porquê ele é usado e como ele pode ser importante para as empresas.
Dessa forma, antes de começarmos, gostaríamos de pedir para que você compartilhe este nosso conteúdo em seu Linkedin.
Temos certeza que este artigo poderá ser útil para mais pessoas da sua rede que ainda não sabem o que é o contrato de vesting e cliff.
Agora, vamos lá!
O que é um contrato de Vesting?
Antes de falarmos exatamente se o contrato de vesting e cliff é algo importante ou não, devemos comentar um pouco sobre o que é o contrato de Vesting.
Na prática, o contrato de vesting é um tipo de acordo que é muito usado em empresas e no universo coorporativo como um todo. Principalmente entre funcionários de altos cargos.
Esse contrato é feito com o objetivo de beneficiar determinados colaboradores com participação da empresa em que eles atuam.
Então, como mostraremos mais a frente, muitas empresas acabam dando participação para os seus melhores funcionários. Dessa forma, é como se esses melhores funcionários fossem ”pequenos donos” da empresa. O que com certeza motiva e gera mais senso de responsabilidade entre os colaboradores.
Contudo, para não entregar de imediato a participação para os funcionários, muitas empresas fazem um contrato de Vesting.
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O contrato de Vesting é um tipo de contrato de participação progressiva. Onde há um período em que os funcionários ainda não detém a participação na empresa.
Mas, ao chegar no tempo estipulado para que eles recebessem participação, eles acabam recebendo ela.
O grande objetivo de ter esse tempo até que os funcionários recebam a participação é para que os colaboradores se mantenham na empresa e fiquem motivados até lá.
Não correndo o risco deles receberem a participação e saírem do negócio.
Qual o objetivo ao fazer um contrato de Vesting?
Entendendo o conceito deste tipo de contrato, vamos para o objetivo dele.
Um contrato de vesting é estabelecido com o objetivo de alinhar os interesses de colaboradores com os objetivos de longo prazo da empresa. Esse mecanismo busca recompensar e incentivar o comprometimento, retendo os melhores talentos e fazendo com que os colaboradores se sintam como donos da empresa.
É claro que, de modo geral, as empresas só dão participação aos melhores colaboradores. Geralmente aqueles que são os executivos do ”topo” dos cargos da empresa.
Com isso, o contrato de vesting define um período de carência inicial. Conhecido como “cliff”.
Não se preocupe, falaremos sobre ele mais a frente…
O grande ponto é que durante o período de cliff, o direito a participação na empresa ainda não é exercido.
Só após o cliff, os direitos começam a ser adquiridos gradualmente ao longo de “vesting periods”.
Vale lembrar que cada empresa tem o seu tempo como período de vesting. Não há uma regra para isso.
O ponto é que esse processo ajuda a prevenir a saída prematura de colaboradores. Uma vez que o benefício total só é obtido após um período definido determinado.
Além disso, o vesting protege a empresa contra riscos ao vincular o acesso total aos benefícios ao cumprimento de objetivos específicos… O que com certeza é um ponto chave neste processo.
Benefícios do Vesting
Entendendo o conceito e o objetivo do Vesting, é interessante destacarmos três dos maiores benefícios que temos neste processo.
Em nossa concepção, sobre os maiores benefícios que este tipo de contrato traz, temos:
Motivar a equipe
Começando pela questão da motivação, não há dúvidas que, nos tempos atuais, motivar através de participação é uma das melhores estratégias.
Lembrando que, não falamos desse tipo de contrato para cargos baixos. É claro que, para os colaboradores de cargos baixos/médios, talvez não faça tanto sentido um contrato de vesting.
Mas, para aqueles profissionais que já estão chegando em um nível sênior, não temos dúvidas que a possibilidade de ter participação no negócio faz muito sentido.
Principalmente do ponto de vista que, por serem bons profissionais, eles tem muitas oportunidades… Aí entramos no segundo ponto: reter talentos.
Reter talentos
Quando olhamos para cargos com nível de senioridade, no caso, cargos mais altos, fica cada vez mais complicado de reter bons talentos em sua empresa.
Às vezes, apenas um bom salário e outros benefícios não são suficientes. Precisa ter algo que faça com que aquele colaborador entenda que ele faz parte da empresa.
Sendo assim, em meio a esse processo, existem algumas soluções.
Uma das principais soluções é de entregar uma participação, mesmo que pequena, para que ele se sinta como um dono da empresa. Afinal, mesmo que minoritariamente, ele é um dos donos do negócios.
Com isso, não temos dúvidas que, para empresas que estão com dificuldades para reter talentos, o Vesting faz muito sentido.
Participação progressiva
Já de um ponto de vista técnico, vemos que, para as empresas, o fato de ter participação progressiva acaba sendo bastante útil. Diferente de outras soluções de participação que existem, que dão participação imediata aos colaboradores, o Vesting faz com que seja um processo até o colaborador atingi-la.
Assim, através de metas e de tempo de empresa, ele consegue ir trilhando um processo até conquistar a participação no negócio.
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Além de garantir a empresa que ele terá que atingir essas determinadas metas para se tornar um sócio, acaba sendo um processo muito mais recompensatório. Afinal, é algo que o colaborador irá trilhando.
Como um objetivo para ele alcançar.
O que é o Cliff?
Agora que já comentamos tanto sobre o vesting, é interessante falarmos sobre o Cliff.
Cliff é uma parte do contrato de vesting que refere-se a um período inicial em que os direitos de participação do colaborador estão com uma carência até serem exercidos.
Assim, durante esse período, conhecido como “vesting cliff” ou simplesmente “cliff”, o colaborador não tem acesso a participação de forma imediata. Bem como já havíamos comentado antes.
No caso, geralmente o cliff é estabelecido como uma proteção para as empresas. Garantindo que os funcionários permaneçam comprometidos e bateram as metas que foram estabelecidas para que eles consigam conquistar a participação.
Vale ressaltar que após o término do período de cliff, os direitos do funcionário começam a ser exercidos de forma progressiva. Conforme lhe explicamos na questão do vesting periods.
De tal modo que, a depender do tempo estabelecido, ele vá recebendo progressivamente as participações no negócio.
Com isso, vemos que o Cliff é praticamente uma cláusula dentro do contrato de Vesting.
Afinal, é importante ter contrato de Vesting e Cliff?
Chegando ao final e respondendo a grande questão, consideramos que sim, é importante ter contrato de Vesting e Cliff.
Principalmente para empresas que já possuem uma gama de colaboradores em funções mais altas, de liderança, vemos muito sentido neste tipo de contrato.
Com ele, é possível aproveitar de todos aqueles benefícios que o contrato de Vesting traz e que já havíamos comentado, mas sem expor a empresa a um risco de entregar participação e o colaborador sair.
Baseando-se nesse ponto, vale ressaltar que tudo é uma questão de avaliação.
Não há uma regra que diga que todo contrato de vesting compensará.
Assim, o importante é que, como gestor, você saiba analisar e ver se isso é algo que faz sentido para a realidade do seu negócio.
Para cada empresa, haverá uma resposta. Para alguns negócios, o contrato de Vesting pode acabar fazendo sentido.
Já, para outros, talvez não seja um processo tão interessante. Principalmente para as empresas que ainda não tem funcionários em cargos tão altos e, assim, com tanta necessidade de participação societária.
Dessa forma, por hoje, nós vamos ficando por aqui.
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Até a próxima!
Cofundador Valutech, especialista em valuation e entusiasta em programação.
Certificado em Advanced Valuation (ministrado por Aswath Damodaran) pela New York University (NYU), Certificado em Valuation (Avaliação de Empresas) e Análise de Investimentos pela PUCRS, Certificado em International Business e Business Administration pela Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) e Bacharel em Administração de Empresas (Linha de Formação em Tecnologia da Informação), PUCRS.